sexta-feira, 13 de maio de 2011

O papel de pais e professores na educação infantil


À medida que as crianças crescem vão se tornando independentes e o ato de educar fica mais desafiante. Elas desenvolvem estratégias diferentes de lidar com o meio. de acordo com o que aprendem. Dos 0 aos 6 anos há uma enorme gama de aprendizagens a serem consolidadas e as duas principais fontes são a família e a escola infantil.

Nessa fase, os pequenos podem testar limites, tanto de objetos e do próprio corpo quanto de pessoas. Em alguns casos, aparecem as recusas em se alimentar, obedecer e tomar banho. Surgem as birras, brabezas, condutas agressivas, dentre outras. Cada adulto tem um jeito de lidar com os maus e bons comportamentos.

Dentro da dimensão de prestação de cuidados para com as crianças, podemos destacar três tipos mais freqüentes de estilos de educar:
O estilo autoritário, no qual os pais ou educadores se utilizam de alta exigência e baixa responsividade (atitudes compreensivas e apoio emocional). Ao contrário do que muitos pensam, essas práticas, por vezes punitivas, não ajudam a desenvolver disciplina em longo prazo e acabam por manifestar baixa auto-estima e auto-controle, além de agressividade e impulsividade.

Nas escolas, podemos observar crianças com dificuldade de conter a raiva, crianças que batem nos colegas e jogam os brinquedos. Ainda, nesse grupo, alunos que agridem professores e recusam atender as tarefas solicitadas, são fáceis de encontrar.

Outro estilo é o indulgente, em que podemos ver cuidadores permissivos com mais capacidade de responsividade, porém, baixa exigência. Nas crianças, as consequências aparecem, principalmente, no baixo controle de impulsos e pouco senso de responsabilidade. Aqui podemos ver crianças que não conseguem desenvolver um bom entendimento do que é ou não certo. Nas pré escolas, vemos as crianças com mais dificuldade de adaptação e aquelas que popularmente chamamos de “mimadas”.

Já se quisermos que as crianças desenvolvam mais facilmente resultados de assertividade, maturidade, alta capacidade de resolução de problemas, conduta independente e empreendedora e responsabilidade social, o estilo parental e dos educadores associado deve ser o autoritativo ou competente, no qual os cuidadores lançam mão de estratégias que envolvam altas exigência e responsividade, além de muito amor e carinho.

Destacam-se aqui as alunos com facilidade de adaptar-se a novas situações e tarefas. Crianças com mais flexibilidade, que conseguem se dar conta do que estão sentindo e podem escolher maneiras mais adequadas de resolver uma situação, como por exemplo, ter um brinquedo roubado e saber que bater no amigo não vai adiantar e solicitar auxilio da professora.

A tarefa não é fácil e envolve muito tempo e dedicação dos pais. Hoje em dia, as exigências profissionais acabam dificultando esse processo na educação. A psicologia nas escolas infantis tem se tornado uma boa aliada auxiliando pais e treinando professores a dedicarem o seu tempo às crianças de forma mais eficiente.

Débora Fava
Psicóloga da Escola Infantil TOP 10
Especialista em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental (WP/Brasil) 
e em Manejo do Comportamento Infantil (PVCC/USA)
 

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